Dakota @ 10:05

Sex, 29/01/10

Sucesso garantidíssimo.

 

Não tenho nada contra estes dois autores. Quer dizer, tenho e não tenho ... Explico: tenho porque desconfio (pronto, tenho a certeza) de que escrevem porque descobriram ali um modo de sobreviver à custa de encher páginas e páginas e mais páginas de letras e palavras de forma articulada (sem conteúdo ou significado). Por outro lado, não posso deixar de lhes reconhecer o mérito do esforço e sucesso de olharem pela sua vida.

 

Os livros de ambos são agradáveis. Apenas isso. Nem interessantes chegam a ser. Interessante é aquele adjectivo amorfo e último recurso adjectivista a que se recorre quando qualquer coisa não provocou qualquer sensação ou sentimento em nós. Utiliza-se amiúde ... menos no sexo, claro - Foi bom para ti? Foi interessante - Chapada.

 

Vistos os milhares de páginas que estes dois autores vendem, posso concluir que de que o que gostamos é do agradável - sim, aquilo que nos deixa com a sensação de um tempo bem passado, que não deu a volta ao miolo - não nos fez pensar - e que entretanto será esquecido com o passar do tempo ou por outra coisa agradável que entretanto surja.

 

É isto que queremos? Para nós? Para os nossos FILHOS? Que a vida decorra agradavelmente? Sem sobressaltos? Sem descobertas? Sem eurekas?

 

Boa literatura é aquela que nos faz pensar. E sim, tem de ser ensinada. Precisamos de ajuda para decifrar um livro, para lhe descobrir as metáforas e os mistérios. Os porquês. Só assim aprenderemos a gostar de ler, de descobrir.

 

Um livro só nos apaixona quando lhe conhecemos todos os segredos. Como um quadro, uma escultura ...

 

Só se aprecia verdadeiramente Os Maias, A Sibila, A Ronda da Noite (o quadro), La Petite Danseuse ... depois de nos terem explicado o porquê de existirem.

 

Um livro de Nicholas Spark ou de Margaria Rebelo Pinto têm segredos?

 

(gostaram do recurso adjectivista? ah! o que eu adoro inventar palavras)


sinto-me: à espera no centeio


Dakota @ 11:38

Qui, 28/01/10

Coisas que ouço (quase) todos os dias e das quais me rio sempre. Inevitavelmente.

 

- A praia está boa? (pergunta feita com a cara mais séria deste mundo e do outro)

 

- Ele aí vai ... (constatação feita muito rapidamente - eleaivai)

- Ela aí vai ... (idem)

 

- Quem me dera ser tenente ... (frase exclamada pausadamente com olhos sonhadores)

 

- O pai já vai! (dito autoritariamente)

 

Gosto de estar rodeada de gente que solta pérolas destas sem mais nem menos ...

São engraçados. Fazem-me rir. São bem-dispostos. Põem-me bem-disposta.

 

Aposto que também vós conheceis alguém assim ...




Dakota @ 09:08

Qua, 27/01/10

E se por um acaso cumprimentarem um húngaro ou húngara com dois beijinhos, comecem pela face esquerda. A não ser que lhe queiram pregar com um beijo na boca, ainda que de lado ... Tem a sua piada.




Dakota @ 16:21

Seg, 25/01/10

Por Arnaldo Jabor

 

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?

Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.




Dakota @ 10:06

Seg, 25/01/10

Mas, afinal, o que é um amigo?

 

Amigos de infância/adolescência - aqueles amigos da primária e secundário que as circustâncias afastam mas que serão aqueles a quem chamaremos sempre de amigos; são os amigos para a vida.

 

Amigos da faculdade - aqueles amigos feitos na pré-adultícia e que serão as amizades mais fortes. Aqueles que as circunstâncias da vida afastarão ou consolidarão.

 

Amigos temporários - aqueles com quem estamos todos os dias, com quem passamos 8 a 10 horas do dia, ou mais ... 'Deixam' de ser amigos assim que o tempo de convívio cessa ...

 

Amigos virtuais - aqueles a quem nunca vimos ou veremos a cara*; eventualmente aqueles com quem trocaremos mais facilmente segredos, larachas, fantasias eróticas ...

 

Os amigos extra de extraordinários - aqueles amigos que fazemos já adultos/maduros. São os mais difíceis de 'fazer' mas os mais 'recompensadores'. Estes são os amigos que escolhemos. São as amizades cultivadas.

 

* e tu, trocas segredos com quem nunca verás a cara? Porquê?

 




Dakota @ 08:43

Qui, 21/01/10

 

Filipe Moreira em Conferência de Imprensa após o jogo Sporting-Mafra, ou vice-versa (como diz o outro).

 

"... e para quem é indiferente* ao futebol, entreteu-se".

 

Grande Filipe Moreira!

 

(pelo menos falou ... enquanto que o outro chegou tarde e a más horas ...)

 

* correcção: tinha posto ' para quem não gosta' quando a 'expressão' utilizada pelo mister do Mafra foi 'indiferença'; agora não posso garantir em que lugar a pôs - se 'para quem o futebol é indiferente' :)), ou se como pus ali em cima ...




Dakota @ 11:03

Ter, 19/01/10

Tendo-me fartado da 'bagunça' que geralmente reina na minha cozinha, tomei a firme decisão de a arrumar sempre. E tenho conseguido cumprir, apesar de não ter sido uma das minhas resoluções de Ano Novo (talvez por isso ...). Por 'sempre', entenda-se de manhã, após o pequeno-almoço - meter na máquina 2 chávenas, 2 colheres e uma faca e limpar a mesa - e à noite - meter na máquina 2 pratos, 2 garfos, 2 facas e tachos (ou não) e limpar a mesa. Nas bancadas (sim, no plural - estupor de bancadas) não lhes mexo porque estão quase sempre mais ou menos arrumadas. Ocasionalmente, lá pairam lápis de cor, cadernos, gatafunhos, tintas ou um bonequinho ou outro ... o que lhes dá até alguma graça e vida.

 

Há várias vantagens em seguir escrupulosamente o esforço desta rotina: a cozinha parece sempre (mais ou menos - pronto, minimamente) em ordem; a louça não se amontoa na banca; existe sempre louça lavada; cheiros minimizados; ausência de insectos voadores pequeninos ...

 

No entanto, começo a cansar-me destes mesmos gestos diários. Às vezes apetecia-me mandar tudo às urtigas. Que se lixem a louça e mais as migalhas - deixem-se estar aí que vou ali e já venho. Mas venho depressa. É que me habituei a ter tudo limpinho e agora não consigo voltar ao que era ... E não passa de uma rotina, ainda que repetitiva. Noto que, ultimamente, executo-a mais rapidamente e cada vez com mais precisão.

 

Preciso de estender mais rotinas a mais áreas (visíveis e INVISÍVEIS) da minha vida, como por exemplo, arrumar imediatamente cada problema que surja.

 

Suponho que seja por isto - falta de arrumação imediata de problemas - que muito gente não tem espaço na cabeça ...

 

Eu ainda vou tendo algum ... porque para mim alguns 'problemas' não são problemas. Deve ser por isso.

 

(lembrando-me dos embondeiros d'O Principezinho)

(quando tenho visitas em casa, a arrumação bem que espera ... por vezes, até à manhã seguinte)




Dakota @ 10:15

Seg, 18/01/10

 

- Raquel, vou só ali comprar pão ... ficas aqui no carro um bocadinho, está bem?

- Está bem. Mamã, põe música. Não quero a Floribella ...

- Esta? (Roxette)

- Essa não. Outra música?

(mudando para a faixa seguinte)

- Esta?

- Mamã, essa é a mesma música ...

- Não é Raquel.

- É.

(mudando para a faixa seguinte)

- Esta?

- Hummm, parece a mesma ... Pronto, está bem, essa.

 

(tão novinha e já sabe identificar a música pastilha ...)

(sim, tenho um CD dos Roxette no carro - para aqueles momentos em que não me apetece sentir nada ...)




Dakota @ 10:58

Qua, 13/01/10

Vem a mesmo a calhar. Eu, que estou a precisar urgentemente de Paris ...

 

(vou às 18.00, chego às 20.00, regresso às 04.00 e às 08.30 estou a trabalhar .. tudo sob controle, portanto)


sinto-me: l'hiver a paris


Dakota @ 10:22

Qua, 13/01/10

Um sujeito foi à Casa da Sorte e dirigiu-se ao empregado dizendo que queria jogar na lotaria.

 

- Olhe, não tenho a menor ideia sobre quais números escolher para comprar uma cautela. Pode ajudar-me?
- Claro, respondeu ele.

- Então, vamos lá. Durante quantos anos frequentou a escola?
- 8
- Perfeito, temos um 8.
- Quantos filhos têm?
- 3
- Óptimo, já temos um 8 e um 3. Quantos livros você já leu até hoje?
- 9.
- Certo, temos um 8, um 3 e um 9.
- Quantas vezes por semana faz amor com sua mulher?
- Caramba, isso é uma coisa muito pessoal - diz ele.
- Mas você não quer ganhar na lotaria?
- Está bem, 2 vezes.
- Só??? Bom, deixe lá.
- Agora que já temos confiança um com o outro, diga-me quantas vezes você já levou no cu?
- Qual é a sua? - diz o homem, zangado - Sou muito macho!
- Não fique chateado. Vamos considerar então zero vezes.
- Com isso já temos todos os números: 83920.

O sujeito comprou o bilhete que correspondia ao número escolhido.
No dia seguinte foi conferir o resultado: o bilhete premiado foi o 83921.

 

- Foda-se! Por causa de uma MENTIRINHA de MERDA não fiquei milionário!

 

(é no que dá em mentir - deixar de ganhar a porra da lotaria apenas porque não quer admitir que já lhe fizeram um clique e passe mágicos)
 


sinto-me: provocadora


Dakota @ 11:45

Ter, 12/01/10

Roxxxy, o primeiro robô sexual com personalidade

 

E então um Royyyx, não?

 

Humpf!! Machistas!

 

(eles só pensam neles, só pensam neles ... Calma, que já faltou mais meninas!)

 

Queremos um Royyyx!

Queremos um Royyyx!

Queremos um Royyyx!

Queremos um Royyyx!

Queremos um Royyyx!

 


sinto-me: discriminada


Dakota @ 09:59

Sex, 08/01/10

 

HA

 

HA

 

 

 

 

HA

HA

 

HA

 

 em breve, o mundo será NOSSO




Dakota @ 13:50

Qui, 07/01/10

Saio apressada towards ArrábidaShopping.

Estaciono no parque subterrâneo -2. Memorizo o número pintado a amarelo (penso que era amarelo, mas podia ser azul, cor-de-rosa, laranja ou vernelho - este shopping é muito colourful) na coluna mais próxima.

Subo pelas escadas até ao -1. Depois pelas escada rolantes até às primeiras lojas.

Procuro a loja que quero.

 

O que fui lá fazer? Pois, esquecia-me desse pormenor tão importante que me levou até este antro sagrado de consumismo. Ia (ia - passado imperfeito - porque não aconteceu) à loja onde comprei um casaco para tirarem do casaco o alarme electrónico que deixaram no casaco quando o comprei - há quase 2 anos. Ok, fechem a boca. Isto é história para outro post (tenho de os fazer render).

 

- (Acho que era aqui ... mas agora não está ... onde estará o raio da loja?)

 

Não a encontrei. Depois de andar para a frente e para trás, sempre andando para a frente, bem entendido, não encontrei a malfadada loja que não tira os alarmes electrónicos quando vendem a roupa.

 

Decido ir ao balcão das informações do shopping, confirmar aquilo de que já desconfiava.

 

Atende-me um segurança com cabeça matarruana (formato quadrado) que lá estava. O informante propriamente dito estava a atender outras pessoas.

 

- Boa-tarde! Pode dizer-me onde está a loja Acetato?

- Boa-tarde! Ah, essa loja já fechou há uns 2 anos ... (fodeste-te).

- (Estou fodida). Oh. É que tenho aqui um casaco que comprei nessa loja e que ainda tem o alarme anti-roubo ... Comprei-o realmente há 2 anos. Quando o comprei, guardei-o e apenas há pouco tempo ia vesti-lo quando me dei conta de que ainda tinha o alarme. Ainda nem tirei a etiqueta do preço, tá a ver?

- (Ok, menina, pela sua cara, já vi que não o micou). Pois é, mas agora é difícil.

- Não sabe se há alguma Acetato no Porto?

- Não, não sei. Ora isto (agarrando no casaco) realmente é dificíl de tirar ... (puxa).

- (se me rompes o filha-da-puta do casaco eu, eu ....)

- Pois é. Não se consegue.

- Que chatice! (então e tu não podes pedir ali no Jumbo que tirem esta merda - faz-me lá esse favor). Será que alguma loja daqui pode tirar isso?

- Humm, não me parece. Sabe, os alarmes são todos diferentes.

- Pois (são o tanas, meu grandessíssimo ...).

- Isto agora só com um martelo. Dá-lhe aqui uma martelada e pode ser que isto se desfaça. Só assim.

- Pois. Vou experimentar então. Obrigada (podias ter-me feito esse favor, meu cabrãozinho, se fosse a menina que me atendesse, aposto que se tinha esforçado). Boa-tarde.

- Boa-tarde.

 

(esta é uma história real, contudo os nomes aqui indicados são ficcionados e nada têm a ver com a realidade)




Dakota @ 17:00

Ter, 05/01/10

Boa! Sandra Silva

 

Pronto! Gosto destas notícias ...

 

(agora não vai faltar quem lhe queira dar uma ajuda a procurar o Ponto G, mesmo alguns afirmando que ele não existe ... eu acho que existe, mas quem sou eu? apenas uma mulher que tem vários pontos ... se algum deles se chama G, não sei!)




Dakota @ 15:17

Seg, 04/01/10

Ora vamos lá às resoluções de Ano Novo.

 

1.ª e já em vigor.

 

Deixar de tomar café à semana.

Porquê?

Motivo oficial: faz mal à pele.

Motivo oficioso: para poupar dinheiro.

 

Debrucemo-nos sobre o motivo oficioso ...

Esta miúda, como muitos portugueses, só desperta pela manhã e começa a entender as coisas depois de tomar um expresso ou 2 até. Depois, do almoço, mais um (e - muitas vezes - durante a tarde, outro).

Assim, esta miúda gasta 0,60+0,25+0,25 em cafés ao logo do dia.

Logo, a despesa no fim do mês ascenderá a uns 25,00, certo?

Logo, no fim do ano, o café terá custado 300,00, correcto?

 

Agora ... quantos pares de sapatos e botas e calças e blusas e camisolas e carteiras eu não compraria com 300 euros nos saldos hein?

 

Pois.

 

(quanto à resolução do tabaco, logo verei - como ainda estou a fumar do maço do ano passado ...)



pensar nisso. nisso é tudo e nada.
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