Dakota @ 18:08

Dom, 26/06/11

Dizia-me um amigo há dias que eu tinha muitas semelhanças com a personagem Summer (do filme 500 dias com Summer). Já mo tinha dito há uns tempos, quando visionou o filme, que me tinha achado parecida com a miúda - na forma de falar, de estar, e até fisicamente, ressalvando a diferença de idades (a actriz é uns bons anos mais nova do que eu). Mais recentemente, quando vi o filme, do qual ele teve a gentileza de me arranjar uma cópia, voltamos (voltei) a falar sobre o assunto. Disse-lhe que tinha achado a Summer má, má, cruel mesmo, ao ponto de atrair candidamente e desprezar de igual modo, e que não me revia naquela forma de ser. Para minha surpresa, entre o divertido e sério, lá foi dizendo que sim, que eu era assim - má. Isto, claro está, deixou-me de alguma forma inquieta e fez-me pensar. 1.ª conclusão é que nunca me tinha visto assim. 2.ª conclusão é que o que ele basicamente me disse é que encaro o amor como um jogo e que brinco com ele(s) como se brinca com o fogo.

 

Cheguei à 3.ª conclusão que foi dar razão ao meu amigo (os amigos têm sempre alguma razão, por muito que nos custe - não fossem eles amigos). Consigo ser terrivelmente encantadora (quando quero) quando conheço uma pessoa nova e com quem há a possibilidade de acontecer algum envolvimento romântico, mas ... não o são todas as mulheres? É intrínseco à natureza feminina.

 

Entrentanto, tentei descobrir (após mais alguma aturada reflexão - as mulheres pensam muito no que as aflige :) o porquê de ser assim, e, creio que descobri - aliás, conclusão básica, básica.

 

[rufar de tambores]

 

Quando conheço uma pessoa nova, naturalmente espero que goste de mim mas ... nada tenho a perder. Se me achar piada, achou, se não achar, não achou. Quando não se tem nada a perder, está-se maravilhosamente "naquela do deixa ver no que isto vai dar". Ora, quando eu estou "naquela do deixa ver no que isto vai dar", consigo ser (terrivelmente) encantadora. Ora, o problema surge quando eu deixo de estar "naquela do ..." e passa para "quero que isto dê". E como o estádio "quero que isto dê" me causa certa ansiedade difícil de controlar, evito deixar o estádio "naquela do deixa ver no que isto vair dar" e lá continuo terrivelmente encantadora. Por outro lado, continuando "terrivelmente encantadora", não passo de uma terrível encantadora que nunca passa ao "terrivelmente apaixonada por".

 

Como se vê, não é maldade minha. É apenas ... apenas ...

 

E agora, vou ali ao Pai - Páginas Amarelas da Internet - a ver se encontro um bom psicólogo ;)



mfc @ 14:50

Seg, 27/06/11

 

Não vi nadinha de anormal, nem maldade!
Estamos mais à vontade quando estamos numa de deixar ver o que dá!
Quando nos envolvemos, queremos agradar e somos mais defensivos.

pensar nisso. nisso é tudo e nada.
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